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sábado, 13 de julho de 2013

QUE ESTE AMOR...


Que este amor não me cegue nem me siga. 
E de mim mesma nunca se aperceba. 
Que me exclua do estar sendo perseguida 
E do tormento 

De só por ele me saber estar sendo. 
Que o olhar não se perca nas tulipas 
Pois formas tão perfeitas de beleza 
Vêm do fulgor das trevas. 

E o meu Senhor habita o rutilante escuro 
De um suposto de heras em alto muro.  
Que este amor só me faça descontente 
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas 

Eu me faça pequena. E diminuta e tenra 
Como só soem ser aranhas e formigas.  
Que este amor só me veja de partida.
(Hilda Hilst)
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3 comentários:

MARILENE disse...

Aplaudo a escritora. Muito lindo. Bjs.

Beatriz Bragança disse...

Querida Marineide
Que belo poema escolheu para partilhar connosco!
Há muitas formas de amar: esta é diferente de todas as que já conhecia.Bonito!.
Hoje sinto-me particularmente orgulhosa:aqui há tempos,foi a amiga marineide que me presenteou; agora,a nossa amiga Anna Lieri publicou um poema escrito por mim no Blog recantodosautores.blogspot.com.br/2013/07/ternura.html
Estou tão feliz!
Um ótimo domingo.
Beijinhos da
Beatriz

Elisa T. Campos disse...

Grande Hilda Hilst

Marcia escolheste uma linda poesia.

Uma boa semana para você.
Bjs.

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