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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Semear...Colher


"Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que 
lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja 
para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade."

Cora Coralina

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domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Serenata




Uma noite de lua pálida e gerânios
ele virá com a boca e mão incríveis 
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos: 
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela,se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?

Adélia Prado


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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

BUSQUE-ME


Quando quiseres achar-me, busque-me...
Na primeira estrela do dia, que adotei como guia,
é lá que vivo a morar.
No sorriso das crianças, na inocência da velhice, 
no canto de cada olhar.
Nas entrelinhas da vida, que com muita sutileza
devemos aproveitar.
Nas noites de lua cheia, num leito morno e macio,
no adormecer, no sonhar.
No despertar preguiçoso, com hinos da bicharada,
num gostoso madrugar.
No cavalo que passeia pelos campos a trotar,
no bezerrinho mamando para a fome saciar.
Nas águas mansas do rio, no horizonte perdido,
no céu azul, no luar.
No morno ventre da terra, onde se põe a gerar,
o alimento que um dia vai o homem alimentar.
No sol que brilha de dia, no calor que ele irradia,
nume pele a bronzear.
Nos pés descalços na areia, nas cantigas das sereias,
nas ondas brancas do mar.
No sopro do vento frio, que foge para as montanhas
pra melhor se agasalhar.
No barco de um pescador, na isca para fisgar,
o peixe desconfiado que não se deixou pescar.
No cruzar de dois amantes, no prazer de cada encontro,
nos filhos que vai gerar.
Na música, na melodia, no livro, na poesia,
numa igreja a meditar.
Nos gestos de cortesia, no agradecer sem falar,
no perfume de uma flor que nasceu para enfeitar.
Numa entrega verdadeira, no carinho, na ternura,
no amor que um filho traz.
Num sentimento que brota do encontro de um olhar,
numa paixão repentina, no doce medo de amar...

Marineide Dan
(Janeiro de 1983)

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